Assimetrias da cabeça no bebê: Cranioestenose e Plagiocefalia posicional
No bebê recém-nascido, a abóbada craniana é formada por ossos membranosos separados pelas suturas, possibilitando que a cabeça do bebê passe mais facilmente pelo canal de parto e permitindo o crescimento compensatório do crânio durante o crescimento do cérebro.
Quando há uma assimetria do formato do crânio do bebê é importante avaliar se há ou não uma fusão prematura anormal de uma ou mais das suturas entre os ossos que formam o crânio.
A Plagiocefalia Posicional é a causa mais comum de assimetria craniana e não decorre de fusão prematura anormal entre os ossos que formam o crânio. É causada por pressão repetida na mesma área antes ou depois do nascimento – bebês que dormem sempre na mesma posição, por exemplo.
Os efeitos da plagiocefalia posicional são principalmente estéticos e não requerem intervenção cirúrgica. O número de crianças com esse tipo de plagiocefalia aumentou nos últimos anos, o que tem sido associado à posição de dormir com a “barriga para cima” para reduzir a incidência da síndrome da morte súbita infantil.
A presença de torcicolo congênito, prematuridade e atraso motor também podem predispor um bebê à plagiocefalia posicional.
Cranioestenoses são assimetrias cranianas decorrentes de fusão precoce das suturas entre os ossos do crânio. Observa-se um crânio com formato anormal e, em casos mais graves, aumento da pressão intracraniana, além de disfunções sensoriais, respiratórias e neurológicas.
A prevalência da cranioestenose é de 1 para 2100-2500 nascimentos. O diagnóstico geralmente é clínico e comumente feito no primeiro ano de vida. A tomografia computadorizada com reconstrução tridimensional é considerada a imagem mais completa e precisa para o diagnóstico de cranioestenose.
É importante avaliar se há necessidade de intervenção urgente ou eletiva.
O tratamento ideal deve ser individualizado e definido após uma avaliação médica criteriosa.
Consulte um(a) Neurologista.