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Ansiedade na Infância

Ansiedade na infância: quando se preocupar com uma criança ansiosa?

É Normal que as Crianças Sintam Ansiedade Ocasionalmente, ou Devo Me Preocupar?

A ansiedade é uma parte normal da experiência humana, inclusive na infância. Crianças, assim como adultos, podem enfrentar momentos de ansiedade na infância.

No entanto, é natural que pais e cuidadores se perguntem se esses episódios são motivo de preocupação.

A Natureza da Ansiedade na Infância

É crucial compreender que a ansiedade, em certa medida, faz parte do desenvolvimento emocional das crianças.

Lidar com novas experiências, enfrentar desafios e aprender a lidar com emoções desconhecidas são aspectos normais do crescimento.

Esses momentos de ansiedade são oportunidades para as crianças desenvolverem habilidades de enfrentamento e resiliência.

Sintomas Normais de Ansiedade na Infância:

  1. Preocupação com Novas Experiências: É comum que crianças expressem ansiedade antes de enfrentar algo novo, como o primeiro dia de aula ou uma visita ao médico.
  2. Insegurança na Separação dos Pais: Muitas crianças experimentam ansiedade quando se separam de seus pais, especialmente em idades mais jovens.
  3. Medos Comuns na Infância: Medos temporários, como medo do escuro, de monstros ou de situações específicas, são normais e fazem parte do desenvolvimento.
  4. Preocupações Sobre o Desempenho: À medida que as crianças crescem, é natural que sintam ansiedade em relação ao desempenho escolar ou em atividades esportivas.

Quando se Preocupar: Sinais de Excesso de Ansiedade na Infância

Embora a ansiedade ocasional seja normal, há momentos em que os sinais indicam que a preocupação pode estar se tornando excessiva.

Considere procurar ajuda profissional se:

  1. A Ansiedade Interfere nas Atividades Diárias: Se a ansiedade começa a afetar a participação em atividades normais, como escola, amizades ou hobbies, pode ser necessário avaliar mais profundamente.
  2. Sintomas Físicos Persistentes: Se a criança apresenta sintomas físicos frequentes, como dores de cabeça, dores de estômago ou problemas de sono relacionados à ansiedade.
  3. Mudanças Comportamentais Significativas: Mudanças marcantes no comportamento, como isolamento, agressividade ou recusa em participar de atividades anteriormente apreciadas.
  4. Persistência de Medos Irracionais: Se os medos da criança persistem por um período prolongado e interferem na vida cotidiana.

Estratégias para Apoiar a Ansiedade Ocasional:

  1. Comunicação Aberta: Converse com a criança sobre seus sentimentos. Ofereça um ambiente onde ela se sinta à vontade para expressar suas preocupações.
  2. Validação dos Sentimentos: Demonstre compreensão e valide os sentimentos da criança. Deixe claro que é normal sentir ansiedade em certas situações.
  3. Desenvolvimento de Habilidades de Enfrentamento: Ajude a criança a desenvolver estratégias saudáveis para lidar com a ansiedade, como respiração profunda ou técnicas de relaxamento.
  4. Estabelecimento de Rotinas Consistentes: Rotinas previsíveis proporcionam segurança e ajudam a reduzir a ansiedade.

Encontre um Equilíbrio Saudável para a Ansiedade na Infância

É absolutamente normal que as crianças sintam ansiedade ocasionalmente à medida que enfrentam os desafios do crescimento.

No entanto, é essencial estar atento aos sinais de ansiedade excessiva e agir prontamente se necessário.

Ao oferecer apoio, compreensão e estratégias para lidar com a ansiedade, os pais e cuidadores desempenham um papel vital no desenvolvimento emocional saudável das crianças.

Encontrar um equilíbrio entre a normalidade da ansiedade e a intervenção apropriada é a chave para promover o bem-estar emocional das crianças.

*Se você tem dúvidas sobre a saúde, bem-estar e desenvolvimento dos seus filhos, consulte um neuropediatra.

Quando Procurar Ajuda Profissional para uma Criança com Ansiedade?

Orientações Importantes Sobre Ansiedade na Infância para Pais e Cuidadores 

A ansiedade na infância quando ocasional, é  parte normal do desenvolvimento, mas há momentos em que as preocupações de uma criança podem se tornar mais profundas, impactando significativamente sua qualidade de vida.

Conheça sinais e orientações importantes para ajudar pais e cuidadores a determinar quando é apropriado procurar ajuda profissional para uma criança com ansiedade.

Sinais de que a Ansiedade Pode Exigir Ajuda Profissional:

  1. Persistência e Intensidade: Se a ansiedade da criança persiste por um período prolongado e se manifesta com intensidade, é um sinal de que pode ser necessário apoio profissional.
  2. Interferência nas Atividades Diárias: Se a ansiedade começa a afetar significativamente as atividades diárias da criança, como desempenho escolar, relacionamentos ou participação em atividades sociais.
  3. Sintomas Físicos Persistentes: A presença constante de sintomas físicos, como dores de cabeça, dores de estômago ou problemas de sono, pode indicar a necessidade de avaliação profissional.
  4. Comportamentos de Evitação Pronunciados: Se a criança começa a evitar situações normais devido à ansiedade, é um sinal de que a intervenção profissional pode ser benéfica.
  5. Mudanças Comportamentais: Mudanças marcantes no comportamento da criança, como isolamento social, agressividade ou alterações no apetite, podem ser indicativos de ansiedade mais profunda.
  6. Desconforto Expresso pela Criança: Se a criança expressa desconforto significativo em relação à sua ansiedade e demonstra um desejo de obter ajuda, isso é um sinal importante.

O Papel dos Pais e Cuidadores na Avaliação da Necessidade de Ajuda Profissional:

  1. Observação Atenta: Pais e cuidadores devem observar atentamente os comportamentos e sintomas da criança. Anotar a frequência e a intensidade dos episódios de ansiedade pode ser útil durante uma avaliação profissional.
  2. Comunicação Aberta com a Criança: Converse abertamente com a criança sobre seus sentimentos e preocupações. Se ela expressar um desejo de obter ajuda ou se mostrar desconfortável, considere isso como um sinal para buscar apoio profissional.
  3. Consulta com Profissionais da Saúde Mental Infantil: Profissionais qualificados, como psicólogos ou psiquiatras infantis, podem realizar avaliações especializadas para determinar a gravidade da ansiedade e recomendar intervenções adequadas.
  4. Colaboração com Professores e Escola: Se a ansiedade afeta o desempenho escolar, é importante colaborar com professores e profissionais da escola para entender a extensão do problema e implementar estratégias de apoio.

Ansiedade na Infância:  Como é Feita a Ajuda Profissional

  1. Avaliação Inicial: Uma avaliação profissional inicial ajudará a entender a natureza e a gravidade da ansiedade da criança.
  2. Plano de Tratamento Personalizado: Com base na avaliação, um plano de tratamento personalizado pode ser desenvolvido, incluindo terapia cognitivo-comportamental, psicoterapia ou, em alguns casos, medicação.
  3. Envolvimento dos Pais: Os pais desempenham um papel crucial no processo de tratamento, apoiando a criança e implementando estratégias recomendadas.
  4. Acompanhamento Contínuo: O acompanhamento regular com profissionais de saúde mental infantil é essencial para monitorar o progresso e ajustar o plano de tratamento conforme necessário.

Na Ansiedade na Infância Deve-se Sempre Priorizar o Bem-Estar da Criança

Determinar quando procurar ajuda profissional para uma criança com ansiedade requer sensibilidade e observação atenta.

O bem-estar emocional da criança deve ser uma prioridade, e os pais e cuidadores desempenham um papel crucial nesse processo.

Ao buscar ajuda profissional quando necessário, podemos proporcionar à criança as ferramentas e o apoio necessários para superar a ansiedade e desenvolver habilidades emocionais saudáveis ao longo da vida.

Estratégias de Enfrentamento da Ansiedade na Infância: Ferramentas para o Bem-Estar Emocional

A ansiedade é uma parte normal da vida, e as crianças não são imunes a essa experiência. No entanto, é fundamental equipá-las com estratégias de enfrentamento saudáveis para lidar com os desafios emocionais que possam surgir.

Saiba estratégias eficazes para ajudar crianças ansiosas a enfrentar suas preocupações e cultivar um maior bem-estar emocional.

  1. Desenvolvimento de Habilidades de Respiração Profunda:

O simples ato de respirar profundamente pode ser uma ferramenta poderosa para reduzir a ansiedade.

Ensine a criança a fazer respirações profundas, incentivando-a a inspirar lentamente pelo nariz e expirar pela boca. Isso ajuda a acalmar o sistema nervoso e a reduzir a sensação de tensão.

  1. Promoção da Consciência Emocional:

Incentive a criança a identificar e nomear suas emoções. A consciência emocional é crucial para que ela compreenda e lide eficazmente com seus sentimentos.

Use jogos ou atividades que envolvam expressão emocional para tornar esse processo mais envolvente.

  1. Criação de um Diário de Sentimentos:

Um diário de sentimentos é uma ferramenta eficaz para crianças expressarem suas preocupações.

Incentive a criança a escrever ou desenhar suas emoções diariamente. Isso não apenas proporciona uma forma de liberação emocional, mas também ajuda a monitorar padrões de ansiedade ao longo do tempo.

  1. Estabelecimento de Rotinas Consistentes:

As rotinas proporcionam previsibilidade, o que pode ser reconfortante para crianças ansiosas.

Estabeleça horários regulares para atividades como refeições, estudo e tempo de lazer. Isso cria um ambiente seguro e estruturado, reduzindo a incerteza que pode contribuir para a ansiedade.

  1. Incentivo à Resolução de Problemas:

Ensine a criança a abordar preocupações específicas por meio da resolução de problemas.

Divida o problema em partes gerenciáveis e explore soluções possíveis. Isso capacita a criança, dando-lhe uma sensação de controle sobre suas circunstâncias.

  1. Uso da Técnica do “Parar, Pensar, Agir”:

Incentive a criança a adotar a técnica do “Parar, Pensar, Agir” quando enfrentar situações desafiadoras.

Pare para avaliar a situação, pense sobre como reagir de maneira construtiva e, em seguida, aja com base nessa reflexão. Isso ajuda a interromper reações impulsivas e promove a tomada de decisões consciente.

  1. Estímulo ao Exercício Físico Regular:

A prática regular de atividade física é uma maneira eficaz de liberar o estresse e reduzir a ansiedade.

Incentive a criança a participar de atividades esportivas, jogos ao ar livre ou até mesmo caminhadas em família.

O exercício contribui para a liberação de endorfinas, promovendo uma sensação geral de bem-estar.

  1. Introdução à Mindfulness e Relaxamento:

Técnicas de mindfulness, como a atenção plena e a meditação, são valiosas para crianças ansiosas.

Utilize recursos específicos para crianças, como aplicativos ou vídeos, para introduzi-las a práticas de relaxamento.

Essas técnicas ajudam a acalmar a mente e a reduzir a ansiedade.

  1. Reforço Positivo e Celebração de Pequenas Conquistas:

Celebre as pequenas conquistas da criança e reforce positivamente seu esforço.

Isso contribui para a construção de autoestima e confiança, elementos-chave no enfrentamento da ansiedade.

  1. Estabelecimento de uma Rede de Apoio:

Incentive a criança a compartilhar seus sentimentos com amigos, familiares ou professores.

Ter uma rede de apoio é fundamental para fornecer conforto emocional e encorajamento.

Capacitando Crianças para Lidar com a Ansiedade na Infância

Ao equipar crianças ansiosas com estratégias de enfrentamento saudáveis, estamos capacitando-as a navegar pelas complexidades emocionais da vida.

A abordagem proativa para o enfrentamento da ansiedade não apenas proporciona alívio imediato, mas também estabelece as bases para habilidades emocionais duradouras.

Lembre-se de que cada criança é única, e a experimentação com diferentes estratégias pode ser necessária para encontrar as mais eficazes.

Ao criar um ambiente de apoio e incentivar a prática consistente dessas estratégias, estamos contribuindo para o bem-estar emocional contínuo da criança.

10 Dicas de como Lidar com a Ansiedade na Infância:

*Legendas em inglês. 

Como Conversar com Crianças sobre Ansiedade: Um Guia para Pais e Cuidadores

Conversar com crianças sobre ansiedade pode parecer desafiador, mas é um passo crucial para ajudá-las a compreender e enfrentar suas preocupações.

Aprenda estratégias práticas e orientações para que pais e cuidadores possam abordar esse tema delicado de maneira eficaz e solidária.

  1. Escolha o Momento Adequado: Opte por conversar em momentos calmos e relaxados, onde a criança se sinta confortável e aberta para compartilhar. Evite abordar o assunto quando ela estiver ocupada ou distraída.
  2. Estabeleça uma Conexão Empática: Inicie a conversa demonstrando empatia. Faça perguntas abertas, como “Como você tem se sentido ultimamente?” ou “Houve algo que te deixou preocupado?”. Esteja genuinamente interessado em ouvir o que a criança tem a dizer.
  3. Use Linguagem Apropriada para a Idade: Adapte a linguagem à idade da criança. Evite termos técnicos e use palavras simples para garantir que ela compreenda completamente. Use exemplos concretos que se relacionem com a sua vida cotidiana.
  4. Fale sobre Emoções de Forma Positiva: Aborde as emoções de maneira positiva e normalizadora. Explique que todos têm sentimentos diferentes, e que a ansiedade é uma emoção comum, assim como a felicidade ou a tristeza.
  5. Valide os Sentimentos da Criança: É crucial que a criança sinta que seus sentimentos são válidos. Mostre compreensão e valide suas emoções, assegurando que é normal sentir-se ansioso em determinadas situações.
  6. Seja Transparente, mas Tranquilizador: Explique a ansiedade de maneira simples, evitando causar mais preocupação. Diga, por exemplo, “Às vezes, todos nós ficamos um pouco nervosos ou preocupados. Isso acontece, e está tudo bem.”
  7. Use Metáforas ou Histórias: Metáforas ou histórias podem ser uma maneira eficaz de explicar a ansiedade para as crianças. Use exemplos que elas possam relacionar, como comparar a ansiedade a uma nuvem temporária que passa.
  8. Incentive a Expressão Artística: Algumas crianças podem achar mais fácil expressar seus sentimentos através da arte. Incentive-as a desenhar ou pintar sobre suas emoções, criando uma maneira mais tangível de comunicar o que estão sentindo.
  9. Introduza Estratégias de Enfrentamento: Apresente estratégias práticas para lidar com a ansiedade. Isso pode incluir técnicas de respiração, contar até dez, ou até mesmo ter um objeto reconfortante. Mostre que existem maneiras construtivas de enfrentar esses sentimentos.
  10. Esteja Disponível para Conversas Contínuas: A ansiedade é um tema que pode exigir várias conversas ao longo do tempo. Esteja disponível para discussões contínuas, incentivando a criança a compartilhar seus sentimentos sempre que necessário.

Criando um Espaço Seguro para Discussão

Conversar com crianças sobre ansiedade requer paciência, empatia e abertura.

Ao criar um ambiente seguro e solidário, os pais e cuidadores estabelecem a base para que as crianças se sintam à vontade para expressar suas preocupações.

Lembre-se de que a comunicação é uma via de mão dupla; ouvir atentamente e responder de maneira compreensiva são elementos essenciais para construir uma relação aberta em relação à ansiedade.

Ao seguir essas estratégias, você estará fornecendo apoio vital para o bem-estar emocional contínuo da criança.

Dra. Eugênia Fialho é Neurologista Infantil pela Universidade Federal de São Paulo, com especialização em Epilepsia e Medicina do Sono pela USP. Possui títulos de especialista de Pediatria e Neurofisiologia Clínica.
Dra. Eugênia Fialho é Neurologista Infantil pela Universidade Federal de São Paulo, com especialização em Epilepsia e Medicina do Sono pela USP. Possui títulos de especialista de Pediatria e Neurofisiologia Clínica.

Para saber mais sobre ansiedade na infância, clique aqui.

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