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Crise Epiléptica

Toda Crise Epiléptica é Igual?

Epilepsia infantil: nem toda crise epiléptica é igual. Dra Eugenia Fialho Neuropediatra Especialista em Epilepsia

As pessoas muitas vezes entendem como crise epiléptica somente o padrão de crise que se apresenta como “crise generalizada tônico clônica”, desconhecendo alguns tipos de manifestações epilépticas mais sutis, o que dificulta a busca por atendimento e tratamento adequados.

As manifestações da Epilepsia são diversas, e isto dependerá da região do córtex cerebral que produzirá a crise.

Alguns exemplos de manifestações de crise epiléptica:

  • perda ou alteração da consciência – observa-se uma mudança do olhar “olhar fixo”, podendo ocorrer reações como engasgo, estalo dos lábios, gritos, choros, risadas…
  • crises de ausência: a criança fica com olhar parado, mantém a postura e pode até movimentar a boca ou piscar, mas parece que está com o pensamento longe… A crise dura em torno de 30 segundos e ocorre várias vezes ao dia. Quando passa, a criança segue suas atividades como se nada tivesse acontecido. ⠀
  • crises com queda: há uma perda do tônus muscular e a criança pode cair da posição em que está ou rebaixar repentinamente a cabeça; ou há um aumento repentino do tônus muscular e a criança pode estender abruptamente braços ou pernas e também cair.
  • convulsão: primeiro, o corpo, os braços e as pernas tendem a se estender, depois se contraem e tremem e, na sequência à crise, a criança pode ficar com sono, fadiga, alterações de visão ou fala e mesmo forte dor de cabeça ou pelo corpo.
  • mioclonias: abalos que se assemelham a “sustos” ou “choques” acometendo o segmento superior do corpo, face, mãos.

A detecção desses quadros é primordial para dar início a um acompanhamento e tratamento médico adequados, que engloba inicialmente medicamentos que combatem as crises. Em alguns tipos de epilepsia na infância pode até não ser necessário um tratamento medicamentoso em função da baixa frequência das crises. ⠀

Ficar atento a sinais suspeitos e acompanhar o desenvolvimento da criança com o neuropediatra é essencial para identificar e buscar o controle da epilepsia.

Qual a Diferença entre Convulsão e Crise Epiléptica?

A epilepsia e as convulsões são termos frequentemente usados ​​de forma intercambiável, o que pode levar a confusões. No entanto, é importante entender que eles não são a mesma coisa. Neste artigo, explicaremos a diferença fundamental entre convulsões e crises epilépticas, fornecendo clareza sobre esses conceitos para uma compreensão mais completa e precisa.

O que é uma Convulsão?

Uma convulsão é uma manifestação visível e súbita de atividade cerebral anormal. Durante uma convulsão, uma pessoa pode apresentar movimentos corporais involuntários, como tremores, contrações musculares rítmicas e até mesmo a perda temporária de consciência. As convulsões podem variar de intensidade e duração e podem ou não estar associadas a uma condição médica subjacente.

As convulsões podem ocorrer por várias razões, incluindo:

  • Epilepsia: As convulsões epilépticas são aquelas que ocorrem em decorrência de uma atividade elétrica anormal no cérebro, característica da epilepsia.
  • Outras Causas Médicas: Algumas condições médicas, como febre alta em crianças (convulsões febris), traumas cranianos, infecções ou distúrbios metabólicos, podem desencadear convulsões.
  • Fatores Externos: O abuso de drogas, a privação de sono, o consumo excessivo de álcool ou a retirada abrupta de certos medicamentos podem levar a convulsões.

O que é uma Crise Epiléptica?

Uma crise epiléptica é um evento específico em que ocorrem convulsões devido a uma atividade elétrica anormal e excessiva no cérebro. Diferentemente das convulsões isoladas, uma crise epiléptica é um sintoma de um distúrbio neurológico subjacente conhecido como epilepsia. A epilepsia é uma condição crônica na qual o cérebro é predisposto a gerar convulsões recorrentes.

A epilepsia pode afetar pessoas de todas as idades e é diagnosticada quando uma pessoa tem duas ou mais crises epilépticas não provocadas, separadas por pelo menos 24 horas. É importante observar que nem todas as convulsões são sintomas de epilepsia. Como mencionado anteriormente, as convulsões podem ser desencadeadas por várias razões, e é essencial que um médico faça um diagnóstico adequado para determinar a causa subjacente.

A principal diferença entre convulsão e crise epiléptica reside na causa subjacente. As convulsões podem ser eventos únicos ou recorrentes que podem ser desencadeados por várias condições médicas ou fatores externos. Por outro lado, sa crises epilépticas são convulsões que ocorrem devido à epilepsia, um distúrbio neurológico crônico caracterizado por convulsões recorrentes.

Se alguém experimentar uma convulsão ou crise epiléptica, é fundamental procurar avaliação com neuropediatra especialista em epilepsia para identificar a causa e determinar o tratamento apropriado. A compreensão dessa diferença ajuda a dissipar equívocos e contribui para uma abordagem mais precisa e eficaz no tratamento de convulsões e crises epilépticas.

Como Saber se uma Criança Está Apresentando uma Crise Epiléptica?

A epilepsia é uma condição neurológica que pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo crianças. Identificar uma crise epiléptica em uma criança pode ser preocupante para os pais e cuidadores, mas é fundamental saber como reconhecê-la e responder adequadamente. Neste artigo, discutiremos os sinais e sintomas comuns de uma crise epiléptica em crianças, fornecendo informações valiosas para que você possa agir de maneira apropriada e buscar ajuda quando necessário.

Sintomas Comuns de uma Crise Epiléptica em Crianças

  1. Convulsões: As convulsões são o sintoma mais reconhecido de uma crise epiléptica. Durante uma convulsão, uma criança pode apresentar movimentos involuntários, como tremores, contrações musculares rítmicas e movimentos descontrolados dos braços e pernas. As convulsões podem variar em intensidade e duração.
  2. Alterações de Consciência: Em algumas crises epilépticas, a criança pode perder a consciência temporariamente. Isso pode ser acompanhado por um olhar vago e falta de resposta a estímulos.
  3. Movimentos Incomuns dos Olhos: Em algumas crianças, os olhos podem se mover rapidamente de um lado para o outro durante uma crise.
  4. Alterações Comportamentais: Algumas crianças podem apresentar comportamentos estranhos ou anormais durante uma crise, como mastigar repetidamente, mexer nas roupas ou puxar objetos.
  5. Desconforto Abdominal ou Náusea: Algumas crises epilépticas podem começar com desconforto abdominal ou náusea, seguidos por convulsões.

O Que Fazer Se Você Suspeitar de uma Crise Epiléptica

Se você suspeitar que uma criança está tendo uma crise epiléptica, é importante agir de maneira calma e segura:

  1. Mantenha a Calma: Mantenha a calma para não assustar a criança ainda mais. Lembre-se de que a maioria das crises epilépticas é de curta duração e raramente representa uma ameaça à vida.
  2. Proteja a Criança: Coloque a criança em um local seguro para evitar lesões durante as convulsões. Afaste objetos perigosos que possam estar próximos.
  3. Não Segure ou Restrinja: Não tente segurar ou restringir os movimentos da criança durante uma convulsão. Isso pode causar lesões.
  4. Posicione-a de Lado: Vire a criança de lado para ajudar a evitar a aspiração de saliva ou vômito.
  5. Observe a Duração: Observe o tempo que a convulsão dura. Se a crise durar mais de cinco minutos ou se outra crise começar logo após a primeira, chame imediatamente uma ambulância.
  6. Proteja a Cabeça: Coloque um travesseiro ou uma almofada sob a cabeça da criança, caso ela esteja deitada.
  7. Fique Atento a Sinais de Perigo: Fique atento a sinais de perigo, como dificuldade respiratória ou lábios azulados, e chame a ajuda médica imediatamente.

Buscando Ajuda Médica

Se uma criança apresentar uma crise epiléptica, é fundamental buscar atendimento com neuropediatra para determinar a causa e estabelecer um plano de tratamento adequado. Um médico especializado em neurologia pediátrica pode avaliar a criança, realizar exames e prescrever o tratamento apropriado, que pode incluir medicamentos anti crise.

Saber como reconhecer os sinais e sintomas de uma crise epiléptica em uma criança é essencial para tomar medidas adequadas e garantir seu bem-estar. Mantenha a calma, proteja a criança e busque ajuda médica quando necessário. Com o diagnóstico e o tratamento adequados, muitas crianças com epilepsia podem levar uma vida plena e ativa.

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